Assunto complexo e que tem merecido cada vez mais atenção, a prevenção ao
suicídio foi tema de cerimônia realizada na última quinta-feira
(5) na Câmara Municipal de Londrina, durante a sessão ordinária,
para o lançamento do mês Setembro Amarelo. A campanha é realizada
há dois anos no município, desde a sanção da lei nº 12.506/2017,
de autoria do vereador Amauri Cardoso (PSDB), que tem entre seus
objetivos conscientizar e mobilizar a sociedade para o problema. Este
foi o mês escolhido porque 10 de setembro foi instituído em 2003
como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio pela Associação
Internacional para a Prevenção do Suicídio e pela Organização
Mundial da Saúde (OMS).
Para
o porta-voz do Centro de Valorização da Vida (CVV) de Londrina,
Aparecido Carlos Beltrame, o resultado da iniciativa pode ser
comprovado pela maior disposição das pessoas em discutir o assunto.
"De 2017 para cá, podemos dizer que houve um crescimento de 100%
no interesse pelo tema. É muito importante levarmos esta discussão
para o maior número possível de pessoas", afirmou Beltrame,
lembrando que no Brasil são registradas cerca de 850 tentativas de
suicídio por dia.
Segundo
dados do site oficial da campanha (www.setembroamarelo.com), todos os
anos o País registra cerca de 12 mil suicídios, enquanto os dados
mundiais apontam para um milhão. "Hoje a faixa etária entre 12 e
29 anos é a que mais desperta atenção, porque vem registrando cada
vez mais casos. Nove em cada 10 mortes poderiam ser evitadas com o
atendimento adequado e com a divulgação dos serviços oferecidos",
observou o porta-voz do CVV. O Centro funciona em todo o Brasil por
meio do trabalho de voluntários que se dispõem a ouvir o outro, 24
horas por dia, pelo telefone 188.
Queda
nos registros - Em Londrina, segundo dados apresentados pela
preceptora da residência médica em Medicina de Família e
Comunidade da Autarquia Municipal de Saúde, Beatriz Zampar, de
janeiro a julho foram registrados 15 mortes por suicídio, sendo 11
homens e quatro mulheres. De acordo com a médica, porém, há uma
queda nos números. Em 2017, primeiro ano da campanha de prevenção,
foram registrados 44 casos, e em 2018, 27 casos. "Entre os mitos
que envolvem o assunto estão os de que quem quer se matar não avisa
e que, ao perguntar sobre suicídio, estamos induzindo a pessoa a
isso", esclareceu Beatriz na cerimônia, que foi presidida pelo
vice-presidente da Câmara, vereador Eduardo Tominaga (DEM).
Ao
falar da importância da prevenção, o vereador Amauri Cardoso
lembrou que leis que instituem campanhas como o mês Setembro Amarelo
trazem a possibilidade de reflexão e atingem um grande número de
pessoas, dando também visibilidade aos serviços disponíveis,
inclusive por meio de palestras nas escolas. "É preciso que os
serviços públicos ofereçam a assistência adequada. Por
excelência, a escola é um espaço para detectar problemas que estão
em vias de acontecer", defendeu o parlamentar, na presença da
gerente regional da Secretaria Municipal de Educação, Tereza
Canhadas; e da diretora de Serviços Complementares em Saúde da
Secretaria Municipal de Saúde, Claudia Denise Garcia, que
representaram no evento, respectivamente, a secretária municipal de
Educação, Maria Tereza Paschoal de Moraes, e o secretário
municipal de Saúde, Felippe Machado.
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