Questões
como o controle da população de pombos, segurança, limpeza e
possíveis intervenções na vegetação do Bosque Central foram
discutidos nesta segunda-feira (8), durante reunião do
Grupo
de Trabalho (GT)
de
Revitalização do Centro Histórico de
Londrina
e
representantes das secretarias municipais
de Obras, de
Cultura
e
do Ambiente;
da
Companhia
Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU); do
Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (IPPUL);
da
Sercomtel
Iluminação e
da Ong MAE (Meio
Ambiente Equilibrado).
Desde
o
início de maio, quando foi realizada audiência pública no
Legislativo e
criado o GT
pela
Comissão
de Política Urbana e Meio Ambiente, os
vereadores Pastor
Gerson Araújo (PSDB),
Júnior Santos Rosa (PSD)
e Amauri Cardoso (PSDB),que
integram a comissão, coordenam
os debates
sobre
as
possíveis soluções
para
os problemas da região central da cidade.
Para
o
biólogo Renan
Campos de Oliveira, diretor da Ong MAE, um
dos problemas mais complexos do Bosque
é a sua utilização como dormitório das
pombas da espécie Zenaida
auriculata.
"O
modelo agrícola da região de Londrina, baseado na produção de
grãos, favorece a presença destas aves. Elas se dirigem para o
campo durante o dia, onde encontram alimentação farta, e voltam
para dormir no Bosque, onde não há predadores noturnos.
Qualquer
tentativa de controle tem que vir acompanhada
de um plano de manejo", defendeu Oliveira.
O
biólogo falou ainda
dos
riscos do
uso de anticoncepcionais para
tentar controlar a população de
pombos,
que podem agir sobre outros animais, inclusive espécies em extinção,
e da ineficácia do uso de
aves como os
falcões para espantar as pombas. "O falcão funciona quando é
preciso espantá-las em determinadas situações, como nos aeroportos
(para evitar acidentes durante o pouso e
decolagem
de aeronaves). Mas
não tem como utilizarmos a falcoaria o tempo todo."
Bosque-jardim
- Os
moradores da região defendem que a
área
volte a ser tratada
como passeio
público ou "bosque-jardim" garantindo-se
desta forma a
manutenção das
árvores nativas e
manejo das demais.
Após
o início das discussões na Câmara, o
Executivo protocolou, há cerca de um mês, o
projeto de lei nº
90/2019, que
altera o Código Ambiental do Município (lei municipal nº
11.471/2012),
que transformou o Bosque em Área de Preservação Permanente (APP).
Atualmente o projeto aguarda parecer da Comissão de Justiça,
Legislação e Redação do Legislativo.
Na
próxima reunião
do GT
agendada para início
de agosto, o
IPPUL deverá apresentar aos vereadores e representantes dos
moradores, as principais diretrizes do
projeto de
revitalização do
Bosque Marechal
Cândido Rondon. A
proposta deverá contemplar aspectos técnicos e as sugestões
apresentadas pela população durante consulta pública realizada
pelo
órgão de planejamento da prefeitura, por
meio de um questionário online
disponibilizado
à comunidade. "Até
a realização do próximo encontro
vamos aproveitar para consultar os órgãos pertinentes sobre as
melhores alternativas de piso, iluminação e segurança
do Bosque. Percebemos que há uma disposição geral em resolver os
problemas desta área tão importante do Centro da cidade e estamos
bastante confiantes", afirmou o
coordenador
do GT e presidente da Comissão de Política Urbana e Meio Ambiente,
vereador
Pastor
Gerson Araújo.
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