A jornalista Fiama Heloísa dos Santos, presidente do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, participou da sessão ordinária desta terça-feira (30) da Câmara de Londrina e falou sobre os desafios da mulher negra durante pandemia de covid-19 e sobre promoção de igualdade racial. O convite foi feito pelos vereadores Lenir de Assis (PT), Lu Oliveira (PL), Mara Boca Aberta (Pros), Matheus Thum (PP), Jairo Tamura (PL), Daniele Ziober (PP) e Prof.ª Flávia Cabral (PTB), por meio do requerimento nº 57/2021, como parte da programação da Câmara relacionada ao mês das mulheres.
Santos afirmou que as mulheres negras estão longe de espaços de poder e de decisão, como a política e o jornalismo. Destacou também que população negra se concentra majoritariamente nas periferias das cidades e sofre com a escassez de políticas públicas de inclusão e de oportunidades de estudo e trabalho. "Isso demonstra o quanto o racismo também tem classe social e o quanto ele ainda determina os espaços que cabem à cada pessoa, mesmo com todos os avanços que já tivemos e com as lutas que travamos diariamente", destacou.
A vereadora Lenir de Assis (PT), uma das autoras do convite, ressaltou a importância do debate e defendeu o papel da Câmara de Vereadores para discutir e implementar políticas públicas. "Precisamos uma nova forma de sociedade, não mais esta, baseada no racismo, que existe em todas as partes entre nós. Não esta sociedade baseada no preconceito, na discriminação e na criminalização de povos", afirmou.
Após ser indagada pelas vereadoras Mara Boca Aberta, Prof.ª Flávia Cabral e Lu Oliveira sobre formas de minimizar os impactos do racismo, Fiama dos Santos ressaltou a importância do ensino da história dos negros no Brasil e valorização pública de personalidades nacionais e locais, como Vilma Santos de Oliveira, conhecida como Yá Mukumby, líder do Movimento Negro de Londrina assassinada em 2013. Fiama dos Santos também afirmou que a criação e a efetivação de políticas públicas para a população negra e de baixa renda podem diminuir a desigualdade social. "Quando a gente atende e consegue minimizar esses problemas, não é apenas a população da periferia, não é apenas a população negra de Londrina que ganha, é a população de forma geral. Se temos uma cidade que consegue atender a esse público de forma geral, todos ganham, Londrina ganha", argumentou.
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